A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na sexta-feira (16) o padrasto suspeito de submeter a enteada de quatro anos a agressões severas e contínuas. Segundo apuração da CNN, a criança está hospitalizada em estado gravíssimo após ser levada a uma unidade pediátrica com lesões compatíveis com maus-tratos severos.
Segundo os investigadores, exames apontaram múltiplas fraturas, infecção generalizada e sinais de violência física prolongada. A menina sofreu quatro paradas cardíacas antes de ser estabilizada.
Relatos à polícia indicam que a menina era forçada a comer fezes e ficava trancada sozinha em banheiros escuros. As agressões eram recorrentes e encobertas com justificativas como "quedas" ou "acidentes".
Mensagens obtidas pela polícia entre o padrasto e a mãe da vítima indicam que os abusos eram frequentes. Em uma das conversas, o suspeito afirma que estava “moldando na dor, fica fraco quando é só amor", o que reforçou a suspeita de tortura deliberada.
A polícia também apura a omissão da mãe, que pode responder por conivência. Ambos negam os abusos, mas o histórico do homem inclui outras denúncias por violência.
O caso está sob responsabilidade da 37ª Delegacia Policial e é tratado como crime de tortura, não apenas violência doméstica. A Polícia Civil reforça a importância de denunciar sinais de abuso infantil, mesmo que pareçam isolados.
Comentários: