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Novas regras para medir a pressão

Um aumento da pressão, ainda que não suficiente para ser diagnosticado como hipertensão, já é associado a maiores riscos à saúde.

Novas regras para medir a pressão
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Publicadas recentemente, as novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, da sigla em inglês) trouxeram uma mudança importante em relação às regras anteriores.

Segundo estas normas, agora, uma pressão arterial a partir de 12 por 7 até 13 por 8 deixa de ser considerada normal e passa a integrar categoria chamada de "pressão elevada", que vem antes do diagnóstico de hipertensão.

As alterações seguem evidências científicas mais recentes, que mostram que os efeitos dos diferentes valores que antes englobavam a faixa considerada "normal" não eram iguais. Um aumento da pressão, ainda que não suficiente para ser diagnosticado como hipertensão, já é associado a maiores riscos à saúde.

Especialista do Instituto Nacional de Prevenção e Saúde Cardiovascular da Irlanda e autor das novas diretrizes, John William McEvoy resume que a mudança serve "para refletir que o risco de doenças cardiovasculares atribuído à pressão em uma escala de exposição contí­nua, e não à uma escala binária de normotensão (pressão normal) versus hipertensão".

"O que se vê é que, se mantendo uma pressão com boa perfusão dos órgãos, quanto mais baixa ela estiver, melhor, porque ela atua como um protetor cardiovascular. Isso está muito de acordo com estudos que avaliaram o comprometimento global de doenças cardiovasculares",  explica Aurora Issa, diretora do Instituto Nacional de Cardiologia.

A cardiologista Ana Amaral, coordenadora da emergência do Hospital Pró-Cardí­aco, acrescenta que "não existe limite do que é pressão baixa":

"Se alguém tem uma pressão 10 por 6, que é um pouco inferior à média, mas está saudável e sem nenhum sintoma, como sonolência, mal-estar, então, aí é a pressão normal daquele indivíduo", avalia.

'Tendência de seguirmos as diretrizes'

Nova categoria introduzida nas regras, a pressão elevada é definida oficialmente como uma pressão arterial sistólica entre 120 e 139 mmHg ou diastólica a entre 70 e 89 mmHg. Já a hipertensão arterial permanece como uma pressão sistólica igual ou acima de 140 mmHg ou diastólica igual ou superior a 90 mmHg.

No Brasil, as regras vigentes foram elaboradas em 2020 e ainda definem uma pressão de 12 por 7 como “normal”. No entanto, as normas devem mudar este ano com a publicação de novas diretrizes pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que devem seguir o estipulado na Europa,

“Existe forte tendência de seguirmos as diretrizes europeias recém-publicadas. Tudo é baseado em ciência, os estudos mais recentes mostraram que a partir de 12 por 7 começamos a escalonar o risco cardiovascular”, diz Fábio Argenta, membro do Comitê de Comunicação e da Comissão de Ética Profissional da SBC.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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