Localizada na Serra da Jacutinga, em Agudos, a nascente do Rio Batalha secou novamente, a exemplo do que ocorreu no ano passado. O prolongado período de estiagem, somado às mudanças climáticas e à falta de chuva intensa - que perdura há mais de 100 dias, é o principal causador do problema e da manutenção dele.
A constatação da nascente seca foi feita, mais uma vez, a exemplo do ano passado, pelo vereador Márcio Teixeira (PL), que há anos lidera uma grupo de pessoas que plantam árvores nas margens do Rio Batalha para tentar evitar o assoreamento do manancial.
Coordenador do projeto "Sacre", que há três anos pesquisa o sistema hídrico de Bauru, o hidrogeólogo Ricardo Hirata, professor titular da USP, afirma que isso indica um novo cenário para o Batalha - mas não necessariamente o fim do rio e de sua bacia hidrográfica.
Em termos práticos, a água pode voltar a surgir naquele local quando do retorno das chuvas ou em algum outro ponto próximo - resta saber se na mesma quantidade e pressão, no entanto.
"Ocorre que o Batalha e o aquífero Guarani estão estressados, sobrecarregados. A água não volta para eles na mesma proporção com que é retirada", explicou Hirata ao JC em 2024.
Idealizador do projeto Viva Batalha, Márcio Teixeira diz que a situação é desesperadora. "Regularmente, vamos até a nascente da Jacutinga para plantar árvores e acompanhar a situação. É um cenário lamentável", afirma.
"São 22 quilômetros da nascente até a lagoa de captação. E precisaríamos plantar pelo menos mais 150 mil árvores. Já fizemos 1% disso de maneira voluntária e assim continuaremos. Mas o esforço precisa ser maior", afirmou Teixeira quando encontrou a nascente seca da primeira vez, em 2024.
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