"Eu com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí", disse ao canal AuriVerde Brasil.

Caso seja condenado pelos crimes de que é acusado na denúncia sobre a trama golpista de 2022, Bolsonaro poderá receber pena de mais de 40 anos de prisão.

Ele é acusado dos crimes de liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.

O ex-mandatário tem argumentado que não seria possível a sua participação no golpe de estado pois estava nos Estados Unidos na época. A argumentação também é importante para a defesa jurídica do político, que já apontou ver o 8 de janeiro de 2023 como episódio central para a materialidade do golpe.

Bolsonaro voltou a repetir o argumento de que é perseguido pelo "sistema" que teria como objetivo não permitir que ele fosse uma alternativa em 2026.

Ele citou a condenação da deputada federal Carla Zambelli como algo que "não tem cabimento" e comentou também o processo do delegado Ramagem, sugerindo que são exemplos de ativismo judicial. "Eu não sei até quando vou resistir", disse ele aos entrevistados.

Sobre a fraude do INSS, o ex-presidente afirmou que os grandes beneficiados foram os sindicatos, que ele diz não ter recebido durante seu governo, e falou sobre o irmão do presidente Lula estar à frente de um sindicato, dizendo não estar insinuando nada.

O ex-presidente é réu em um processo que investiga uma trama golpista armada em 2022 para, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), evitar a posse do presidente Lula (PT). Ele tem investido em uma série de frentes para evitar uma condenação, como o pedido de anistia aos golpistas do 8 de janeiro, além de outras frentes.