Pirajuí Rádio Clube FM

Política

Ibama exigiu melhorias indispensáveis, diz pasta de Marina

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é contra a ampliação de mais uma frente de exploração de petróleo

Ibama exigiu melhorias indispensáveis, diz pasta de Marina
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

O Ministério do Meio Ambiente afirma que a autorização para a Petrobras perfurar o poço 59 da bacia de petróleo da Foz do Amazonas "resulta de um rigoroso processo de análise ambiental" do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

"Com sua capacidade de análise técnica, o Ibama exigiu aprimoramentos indispensáveis ao projeto, sobretudo nas medidas de resposta a emergências", afirma a pasta, em nota publicada na noite desta segunda-feira (20).

O posicionamento lembra que foram realizadas dezenas de audiências públicas, diversas vistorias e são previstos ainda mais simulações de proteção à fauna.

E reitera que compete ao Ibama apenas a analise de viabilidade técnica, não de oportunidade e conveniência -ou seja, escolher abrir ou não uma nova frente de exploração de petróleo na Margem Equatorial, o que compete ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).

"O MMA segue reafirmando que qualquer processo envolvendo áreas de elevado risco, como a Foz do Amazonas e outras, deve obedecer aos mais rigorosos critérios técnicos, científicos e ambientais, garantindo o respeito ao meio ambiente, aos povos e comunidades da região do empreendimento e às riquezas socioambientais", completa a pasta.

A autorização para a Petrobras realizar a perfuração do poço 59 da bacia Foz do Amazonas foi assinada pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, nesta segunda.

O parecer técnico que embasa essa decisão cita o risco a peixes-boi ameaçados de extinção e lembra que os impactos aos povos indígenas foram ignorados, com aval de uma decisão da AGU (Advocacia-Geral da União).

Agostinho atendeu à sugestão dos técnicos, e para autorizar o empreendimento, criou 34 condicionantes a serem obrigatoriamente seguidas, além da exigência de pagamento de R$ 39,6 milhões em compensações ambientais.

O empreendimento se tornou um dos principais focos de embate interno do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por outro lado, o próprio Lula criticou publicamente Rodrigo Agostinho pela demora em autorizar o projeto.

Nomes como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também são defensores do empreendimento.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
Comentários:

Veja também