A morte da cantora Preta Gil, neste domingo (20), aos 50 anos, por complicações de câncer colorretal, comoveu o Brasil. Segundo o Hospital Amaral Carvalho (HAC) de Jaú (47 quilômetros de Bauru), referência para tratamento da doença via Sistema Único de Saúde (SUS), este tipo de câncer é um dos mais incidentes na população brasileira, o segundo mais letal do mundo (atrás apenas do câncer de pulmão) e costuma ser silencioso nos estágios iniciais, o que dificulta seu diagnóstico.
De acordo com o HAC, o câncer colorretal afeta o cólon (intestino grosso) e o reto e é considerado um dos mais impactantes para saúde e qualidade de vida dos pacientes, já que mais de 70% dos casos no país são detectados em estágio avançado.
"Uma das principais formas de prevenir o tumor é manter hábitos saudáveis. É importante ter uma alimentação adequada, evitando industrializados, embutidos, defumados e enlatados, e manter uma rotina de exercícios físicos", explica o oncologista cirúrgico do hospital André Carvalho.
Mas, mesmo com uma rotina saudável, o rastreamento é necessário. O médico avalia que o câncer colorretal tem altas taxas de cura e, na maioria das vezes, é bem resolvido quando diagnosticado ainda no início.
"É preciso ressaltar a importância do atendimento básico, realizado nas cidades de origem dos pacientes, como a consulta, o exame físico e toque retal para o diagnóstico", afirma.
A colonoscopia é o principal exame para detecção do câncer colorretal e deve ser realizada a partir dos 45 anos, a cada dez anos. Além disso, ainda podem ser realizados exames como retossigmoidoscopia ou exame simples de sangue oculto nas fezes.
"Os primeiros sinais de alerta para o câncer colorretal são sangramento e alteração do hábito de funcionamento do intestino. No entanto, não esperar pelos sintomas é de extrema importância para o tratamento", ressalta o profissional.
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