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Governo ressarce menos da metade do dinheiro desviado

Em mais de 170 mil casos, as vítimas disseram ter assinado papéis sem entender que estavam autorizando descontos.

Governo ressarce menos da metade do dinheiro desviado
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O governo federal ressarciu até agora apenas 43% do total estimado de descontos indevidos em aposentadorias e pensões afetadas por fraudes no INSS, segundo apuração do G1. Até o fim de setembro, R$ 1,6 bilhão foi devolvido às vítimas, enquanto o prejuízo calculado pela Dataprev chega a R$ 3,7 bilhões.

A Dataprev enviou os dados à CPMI do INSS, que investiga o esquema de descontos não autorizados feitos por associações em benefícios de aposentados entre 2019 e 2024. No início das apurações, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União estimavam um rombo ainda maior, de R$ 6,3 bilhões.

Entre março de 2020 e março de 2025, R$ 7,8 bilhões foram transferidos a associações diversas. A devolução começou em julho, em parcela única e sem lista de prioridades. Segundo o governo, quem teve descontos vinculados a entidades como Conafer, Sindnapi e Amar Brasil foi o grupo mais ressarcido.

Os valores pagos até agora somam:

  • Conafer: R$ 238 milhões (de R$ 806 milhões em descontos)
    * Sindnapi: R$ 129 milhões (de R$ 507 milhões)
    * Amar Brasil: R$ 106 milhões (de R$ 325 milhões)

Proporcionalmente, a Rede Ibero-Americana de Associações de Idosos do Brasil (RIAAM) teve o maior índice de restituição, com 70% dos valores devolvidos. A Unibap e o Sintraapi também ficaram acima de 69%. Já entidades como Abrasprev, Cinaap e Sintap tiveram menos de 2% de ressarcimento efetivo.

Entre maio e setembro, foram registradas 5,9 milhões de reclamações sobre descontos indevidos. A Dataprev informou que 1,4 milhão de casos foram respondidos pelas associações, mas 854 mil beneficiários rejeitaram as justificativas apresentadas.

As principais queixas foram de assinaturas falsas, documentos ilegíveis e alegações de que aposentados foram induzidos a erro no momento da adesão. Em mais de 170 mil casos, as vítimas disseram ter assinado papéis sem entender que estavam autorizando descontos.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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