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Governo celebra aceno de Trump e vê acerto em manter discurso

O presidente dos EUA, Donald Trump, acompanha o discurso do brasileiro Lula da Silva, na sede da ONU

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Integrantes do governo Lula comemoraram a sinalização dada por Donald Trump em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (23). Auxiliares do presidente brasileiro classificam a insistência do petista na defesa da soberania como um acerto e dizem que a fala do americano impôs uma derrota ao bolsonarismo.

Nesta terça, Lula e Trump tiveram um breve encontro, entre os discursos dos dois, em meio ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros e a uma série de sanções a autoridades do Brasil.

Em sua fala, Trump afirmou que houve uma "excelente química" com o petista e disse que os dois devem conversar na próxima semana. "Eu só faço negócios com pessoas que eu gosto. E eu gostei dele, e ele de mim. Por pelo menos 30 segundos, nós tivemos uma química excelente, isso é um bom sinal", disse o americano.

Aliados e auxiliares de Lula afirmam que Trump é "imprevisível", mas ainda assim comemoraram a sinalização de abertura de diálogo entre o americano e o presidente da República, algo que não vinha ocorrendo desde que os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. Apesar disso, integrantes do governo ainda estão cautelosos ao falar desse convite do americano, à espera de mais informações acerca da pauta que será discutida.

Um ministro palaciano diz que além da sinalização da disposição do diálogo, a fala de Trump representa uma derrota ao bolsonarismo, sobretudo ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo está nos Estados Unidos desde março atuando junto ao governo Trump por sanções a autoridades brasileiras em resposta ao julgamento de seu pai no STF (Supremo Tribunal Federal).

No Planalto, há a avaliação de que Trump é um homem de negócios e pode virar as costas para os bolsonaristas, caso a negociação comercial avance com o Brasil. Além disso, auxiliares de Lula dizem que o discurso do americano pesa negativamente para os bolsonaristas, já que eles viam em Trump o maior cacife em favor da anistia de Bolsonaro.

A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) afirmou que considerou surpreendente a notícia de um encontro entre os dois líderes.

"Acho que foi uma surpresa. Parece que o presidente Trump gostou do presidente Lula. Não tinha nada [marcado previamente]. Parece que vão se encontrar agora", afirmou a ministra em passagem pelo Congresso nesta terça-feira.

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), diz à Folha de S.Paulo que o presidente da República "acertou desde o início, quando optou pelo caminho da altivez". "Lula se manteve firme na defesa da soberania nacional. Ninguém respeita quem não se respeita. A declaração de Trump é um banho de água fria no bolsonarismo."

"O presidente Lula sempre foi assertivo ao afirmar que soberania e democracia não estão sobre a mesa. A defesa de interesses comerciais brasileiros sempre foi prioridade e sempre buscamos essa abertura de diálogo", continuou o senador.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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