Impulsionada por carnes, soja e veículos pesados, a região de Bauru somou US$ 1,013 bilhão em exportações no primeiro semestre de 2025. O valor representa um superávit de US$ 737,9 milhões na balança comercial dos 25 municípios que compõem a unidade regional Bauru do Centro das Indústrias do Estados de São Paulo (Ciesp).
No período, o grupo de cidades importou US$ 275,3 milhões em mercadorias, volume 17,8% superior aos US$ 233,7 milhões acumulados entre janeiro e junho de 2024. Já as importações foram 5,8% menores que US$ 1,075 bilhão contabilizado há um ano, conforme mostra o levantamento do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Entre os 25 municípios da regional do Ciesp, três deles concentraram 94,4% das remessas para o Exterior. Lins respondeu por US$ 484,763 milhões, principalmente em razão da venda de carne bovina e outras preparações de carne para China e Estados Unidos.
Pederneiras, por sua vez, obteve US$ 362,788 milhões, quase metade deste valor devido à soja que passa por seu porto intermodal e segue pela ferrovia até o porto de Santos com destino à China. Outro destaque foram os veículos para transporte de mercadorias vendidos aos Estados Unidos.
IMPORTAÇÕES
O levantamento da Fiesp aponta ainda que as importações concentraram-se em partes e acessórios de veículos pesados como os de transporte de passageiros ou de mercadorias e tratores (17,1%), motores a diesel ou semidiesel (7,2%), partes de veículos como guinchos, guindastes, empilhadeiras, tratores, pás-carregadeiras e compactadores (4,4%) e álcoois acíclicos e seus derivados (4,4%).
As compras vieram em maior quantidade da Suécia (20,8%), China (19,9%), Alemanha (11,3%), Coreia do Sul (5,6%) e Argentina (3,8%). Para Rafael Cervone, presidente do Ciesp e primeiro vice-presidente da Fiesp, a indústria pode contribuir de modo cada vez mais significativo para a ampliação das vendas internacionais. "Temos defendido o avanço e fortalecimento do setor perante o governo e trabalhamos para que as relações comerciais com outros países cresçam tanto em volume quanto pelo fato de incluir produtos de alto valor agregado na pauta de exportações", completa.
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