O Rio Negro alcançou a marca de 29,04 metros nesta semana em Manaus, superando a cota de inundação severa e colocando a capital amazonense em estado de alerta máximo. Ruas do Centro Histórico foram tomadas pelas águas, e estruturas provisórias, como pontes de madeira, foram erguidas para garantir a circulação de pedestres. Segundo a Defesa Civil, mais de 530 mil pessoas já foram afetadas pela cheia em todo o estado.
Nos bairros mais baixos, como o Educandos, a água invadiu as casas e fez do cotidiano um desafio. Moradores relatam perdas de móveis e improvisam passarelas dentro das próprias casas para tentar manter um pouco de mobilidade. Em meio aos alagamentos, o acúmulo de lixo agrava o cenário: garrafas, entulhos e restos de objetos boiam entre as moradias, dificultando a coleta e comprometendo a saúde da população.
O poder público intensificou ações emergenciais, como a instalação de mais de 800 metros de passarelas no Educandos e a entrega de cestas básicas, kits de higiene e água potável. A Secretaria Municipal de Limpeza já recolheu mais de 2.500 toneladas de resíduos desde janeiro, além de instalar ecobarreiras para conter a poluição dos igarapés.
Enquanto isso, centenas de famílias continuam cercadas pela água e pelo lixo, tentando se adaptar à realidade imposta pela cheia.
No total, 133 mil famílias foram atingidas em 62 municípios. O Governo do Amazonas distribui ajuda humanitária e monitora o avanço das águas, que devem começar a baixar nas próximas semanas, com o início do período de vazante.
*Com informações do G1 e Portal Marcos Santos
Comentários: