O cantor sertanejo João Vitor Malachias foi condenado a 35 anos de prisão por matar e carbonizar o corpo da dentista Bruna Angleri, 40, em Araras (SP). Os dois eram ex-namorados à época do crime.
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João Vitor foi condenado por feminicídio triplamente qualificado. O juiz citou motivo torpe, meio cruel com recurso que dificultou a defesa da vítima, violência doméstica, descumprimento de medida protetiva, furto e destruição de cadáver. Familiares e amigos de Bruna fizeram uma manifestação em frente ao fórum.
A defesa de João Vitor afirmou que vai recorrer da decisão por considerar que as provas apresentadas não são suficientes para a condenação. "A fragilidade probatória se demonstrou nas falhas das provas conduzidas pela Polícia Civil, no contexto técnico, deixando de preservá-las e indeferimento a produção de prova técnica requerida pela defesa, com a nomeação de um perito judicial para analisar aquelas provas", disse o advogado Diego Emanuel da Costa, que atua na defesa do cantor.
O cantor está preso desde 8 de outubro de 2023. Naquele ano, a Justiça expediu um mandado de prisão contra o cantor e ele foi preso em um posto de combustíveis nas proximidades da cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, quando fugia para o estado de Goiás.
O crime
Bruna Angleri foi encontrada morta e carbonizada dentro da própria casa, em um condomínio de alto padrão, no dia 27 de setembro de 2023. Ela foi severamente agredida e seu rosto estava com diversas fraturas, apontou a investigação.
Exames de raio-x realizados no corpo de Bruna também mostram que a vítima foi baleada no rosto. A polícia acredita que Bruna já estava morta quando o corpo foi carbonizado.
Bruna já tinha uma medida protetiva contra o ex-namorado. Ela prestou queixa pouco mais de um mês antes do crime e relatou à Polícia Civil que João Vitor havia invadido sua casa e quebrado alguns móveis.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
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