O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma publicação no X nesta quarta-feira (9) logo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 50% ao Brasil ao mesmo tempo em que citou o julgamento de Bolsonaro.
Na publicação, Bolsonaro ignora o aumento de tarifas que atingem a economia brasileira e repete argumento de que é perseguido pela justiça brasileira.
A Folha de S.Paulo procura Bolsonaro para que ele comente sobre a decisão do governo americano, mas não houve resposta.
Trump afirma que a forma como o Brasil tem tratado Bolsonaro é uma "vergonha" e que o julgamento contra o ex-presidente é uma "caça às bruxas" que precisa ser encerrada imediatamente".
"A forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!"
Segundo a carta, as tarifas serão cobradas a partir de 1º de agosto. Trump fala nas ordens "secretas e ilegais" emitidas contra plataformas de mídia nos Estados Unidos, e violação à "liberdade de expressão de americanos".
Bolsonaro está inelegível ao menos até 2030 após condenação pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral. Ele é réu no STF sob a acusação de ter liderado a trama golpista de 2022.
"Agora você conseguiu ferrar também com as empresas brasileiras, que geram empregos aqui e vão perder a competitividade perante o mundo. Resultado: potencial desemprego de milhões de brasileiros. Você não tem mais condições de governar nossa Pátria!", escreveu.
Caso Bolsonaro seja condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode passar de 40 anos de prisão.
Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.
Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu publicamente, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE e anular as eleições.
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