Na manhã desta sexta-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a usar tornozeleira eletrônica por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi determinada após mais uma operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-mandatário, incluindo sua casa e o escritório político na sede do PL, em Brasília.
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A decisão de Moraes impôs ao menos três restrições: uso da tornozeleira, proibição de contato com o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e veto ao uso de redes sociais. As ações fazem parte do inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
PF liga Bolsonaro a tarifa de Trump contra o Brasil
A PF vê nas ações uma tentativa deliberada de interferir no funcionamento do STF e obstruir a Ação Penal 2.668, que apura a tentativa de golpe. Para os investigadores, Bolsonaro agiu de forma “dolosa e consciente”, buscando apoio externo para coagir o Supremo.
A suposta interferência internacional veio à tona após uma mensagem publicada por Trump, em julho, criticando o “tratamento” dado a Bolsonaro. Logo em seguida, os Estados Unidos anunciaram uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o que gerou tensão diplomática e prejuízos econômicos.
Risco de fuga e articulações hostis
A PF também justificou as medidas restritivas citando risco de fuga do ex-presidente. Segundo o relatório, há indícios de articulações com autoridades estrangeiras, o que reforça a gravidade dos atos atribuídos a Bolsonaro.
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