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Bolsonaro associa anistia à 'paz para a economia' após tarifaço

'Não me alegra ver sanções pessoais, ou familiares, a quem quer que seja', disse o ex-presidente.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu nesse domingo (13) que a concessão de anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro pode abrir caminho para a "paz para a economia", em meio à crise diplomática causada pela decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida foi anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump na quarta-feira (9) e tem início previsto para 1º de agosto.

Em publicação nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que a carta de Trump ao governo brasileiro "tem muito mais, ou quase tudo, a ver com valores e liberdade, do que com economia", e voltou a dizer que a taxação está ligada ao que classifica como perseguição política no Brasil.

Ele também declarou: "Não me alegra ver sanções pessoais, ou familiares, a quem quer que seja. Não me alegra ver nossos produtores do campo ou da cidade, bem como o povo, sofrer com essa tarifa de 50%".

Sinalizando apoio à aprovação de uma eventual anistia, Bolsonaro escreveu: "O tempo urge, as sanções entram em vigor no dia 1º de agosto. A solução está nas mãos das autoridades brasileiras. Em havendo harmonia e independência entre os Poderes nasce o perdão entre irmãos e, com a anistia também a paz para a economia".

Na carta que Trump enviou ao Brasil, e divulgou em suas redes sociais, o republicano menciona o tratamento dado a Bolsonaro pela Justiça brasileira como um dos motivos para endurecer as relações comerciais com o país. O ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado e outros processos no Supremo Tribunal Federal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, reagiu dizendo que o Brasil é um país soberano e que os julgamentos de atos golpistas cabem exclusivamente à Justiça, sem interferência externa. Lula também afirmou que pretende recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e aplicar medidas de reciprocidade caso as tarifas entrem em vigor.

Bolsonaro e dois de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, vêm vinculando a taxação ao andamento dos processos judiciais contra o ex-presidente. Ambos defendem que o Congresso aprove um projeto de anistia como forma de desarmar o clima político e facilitar eventual acordo com os EUA.

FONTE/CRÉDITOS: Jcnet
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