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Conforme divulgado anteriormente pelo JC, três adolescentes, entre 14 e 17 anos, acusaram o treinador A.R.P., de 46 anos à época das denúncias, de agarrá-las e acariciá-las à força após as aulas de tambor. Os fatos teriam ocorrido entre 2017 e 2022 e começaram quando duas das meninas tinham menos de 14 anos. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e descobriu que havia mais uma vítima, já com 19 anos naquela data.
Em comum, as meninas relataram que o treinador aproveitava momentos em que estava sozinho com elas para acariciá-las, inclusive nas regiões íntimas, apertar braços, beijá-las, abraçá-las, e até mordê-las, na orelha e pescoço.
Segundo os autos, ele também se utilizaria da posição de professor e, por meio de falas persuasivas, tentava convencer as vítimas a ceder às suas investidas, prometendo dar a elas o que elas quisessem e sucesso na carreira como competidoras.
Ao final das investigações policiais, conduzidas pelo delegado César Ricardo do Nascimento, o suspeito foi indiciado pelos crimes de importunação sexual em relação a três adolescentes e de estupro de vulnerável em relação a uma delas e a uma quarta vítima. Ou seja, foi apurado que uma das meninas teria sofrido ambos os crimes. A Promotoria de Justiça ofereceu denúncia contra ele ao Poder Judiciário, recebida pelo juízo em abril de 2023, tornando o treinador réu em ação penal.
Durante julgamento realizado nesta quinta-feira (15) na 2.ª Vara da Comarca de Pirajuí, o juiz de direito Rafael Morita Kayo considerou o réu A.R.P. culpado das acusações.
Ele foi condenado à pena privativa de liberdade de 54 anos e três meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, ambos qualificados pelo fato de ele ter praticado os delitos no exercício da autoridade sobre as quatro vítimas, por ser o treinador delas.
O juiz concedeu ao acusado o direito de recorrer em liberdade. Segundo Luis Gustavo de Britto, advogado de A.R.P., a defesa ainda analisará a sentença judicial. No entanto, ele afirma que recorrerá da decisão.
Fonte(s): Jcnet
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