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Sob risco de enchente, Porto Alegre fecha as comportas do rio Guaíba

Na região central do estado, as chuvas deixaram 13 mortos e 21 desaparecidos; há cidades isoladas e a Defesa Civil trabalha no resgate
Sob risco de enchente, Porto Alegre fecha as comportas do rio Guaíba

Arquivo/Alex Rocha/PMPA

A previsão é é que o nível das águas do rio Guaíba suba ainda mais ao longo dos próximos dias
A previsão é é que o nível das águas do rio Guaíba suba ainda mais ao longo dos próximos dias
 

Com a previsão de aumento do nível das águas do rio Guaíba ao longo dos próximos dias, em razão das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, a prefeitura de Porto Alegre deu início na manhã desta quinta-feira (2) à operação de fechamento das comportas da cidade.

Na região central do estado, as chuvas deixaram 13 mortos e 21 desaparecidos. Há cidades isoladas e a Defesa Civil trabalha no resgate de pessoas.

A determinação do fechamento das comportas foi feita na noite de quarta (1) pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) após análise dos órgãos do CEIC-POA (Centro Integrado de Coordenação de Serviços). As primeiras das seis comportas a serem fechadas ficam nos armazéns A3 e A4 do porto da cidade.

 

O nível de alerta para a região do centro histórico é de 2,5 metros, e 3 m para inundação. Às 9h30, a estação hidrológica da Sala de Situação da Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) marcava 2,63 m, com previsão de chegar a 2,7 m em torno das 11h.

A região das ilhas do município devem ser as mais afetadas pelas cheias, já que a inundação nesta região ocorre após o nível do rio atingir 2,2 m.

O coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, alerta que o local está sob risco e a remoção de famílias das zonas de risco do bairro Arquipélago é prioritária. "É de suma importância que as pessoas compreendam que devem buscar um lugar seguro. Seja a casa de familiares, ou as estruturas da prefeitura", diz. "Já as famílias que estão longe das áreas de risco devem priorizar ficar nas suas residências."

 

Um posto de comando será montado próximo à colônia de pescadores Z5, onde estarão dois ônibus para fazer o transporte das famílias caso preciso. A Defesa Civil e Procuradoria-Geral do Município (PGM) vão editar o decreto que institui situação de emergência nível 2 na cidade.

Ao menos 29 pessoas já estão abrigadas temporariamente no bairro Restinga em uma estrutura da Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania). Há uma outra unidade pronta no bairro Ponta Grossa, e um terceiro espaço ainda não definido será disponibilizado em breve.

Calamidade pública
O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública no estado em edição extra do Diário Oficial publicada na noite desta quarta. O decreto estabelece que órgãos públicos prestem apoio à população nas áreas afetadas, em articulação com a Defesa Civil.

 

Os temporais destruíram moradias, estradas e pontes, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas. As aulas nas escolas estaduais, por exemplo, foram suspensas nesta quinta e sexta-feira (3).

É observado um aumento significativo no volume dos rios Jacuí, Pardo, Taquari e Caí. Nos próximos dias, as regiões norte e nordeste do estado também devem começar a sofrer as consequências das chuvas. Locais com barragens estão sob alerta e os planos de atendimento em caso de emergência foram ativados.

Fonte(s): Jcnet

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