Notícia

Número de nascimentos tem queda de 13% no Brasil

Um dos fatores apontados para a redução é o efeito da pandemia de Covid-19, que teria atrasado os planos de gravidez a partir de 2020
Número de nascimentos tem queda de 13% no Brasil

Pixabay

 Dados do IBGE sinalizam que a queda dos nascimentos ocorreu principalmente entre as mães mais jovens
Dados do IBGE sinalizam que a queda dos nascimentos ocorreu principalmente entre as mães mais jovens
 

O número de nascimentos no Brasil teve queda de 13% em 2022 ante 2018, indicam dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o órgão, o país registrou 2,56 milhões de nascidos vivos em 2022, ante 2,94 milhões em 2018. Em termos absolutos, a redução foi de 383 mil.

O patamar de 2022 é o menor de uma série histórica publicada pelo IBGE com estatísticas a partir de 2010 ?a máxima do intervalo ocorreu em 2015 (3 milhões). O instituto destacou a comparação com 2018 porque, após esse ano, o ritmo de queda dos nascimentos teve aceleração no país.

Um dos fatores apontados para a redução é o efeito da pandemia de Covid-19, que teria atrasado os planos de gravidez a partir de 2020. Os dados divulgados nesta sexta também sinalizam que a queda dos nascimentos ocorreu principalmente entre as mães mais jovens.

 

De 2018 para 2022, houve baixa dos nascidos vivos entre as mulheres de 10 a 19 anos (-30,8%), de 20 a 29 anos (-11,2%) e de 30 a 39 anos (-10%). No sentido contrário, o indicador cresceu entre as mães mais velhas, de 40 a 49 anos. Nesse grupo, os nascimentos registraram alta de 16,8% na comparação de 2022 com 2018.

"A postergação da decisão de ter filhos para idades mais avançadas alinha-se à tendência de aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho e ao aumento da escolarização", afirma o IBGE.

Os dados integram a terceira edição de uma síntese de indicadores sociais que impactam as mulheres. No caso do número de nascidos vivos, a fonte dos resultados é o Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos), do Ministério da Saúde.

 

A divulgação da síntese pelo IBGE coincide nesta sexta com a celebração do Dia Internacional da Mulher. Na comparação de 2022 (2,56 milhões) com 2010 (2,86 milhões), ano inicial da análise, o número de nascimentos recuou em torno de 10,5% no Brasil. Em termos absolutos, a redução foi de quase 300 mil registros.

Após alcançar 3 milhões em 2015, o patamar de nascimentos teve redução em 2016 (2,86 milhões), sob impacto da crise do zika vírus, conforme o IBGE. Em 2017 (2,92 milhões) e 2018 (2,94 milhões), houve sinais de alguma retomada, interrompidos nos anos posteriores, quando a tendência de queda ganhou força.

Mortalidade materna
A publicação do IBGE também traz dados sobre quesitos como a mortalidade materna. Em 2020, período inicial da pandemia de Covid-19, esse indicador cresceu em torno de 29% na comparação com o ano anterior, atingindo a marca de 74,7 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos.

 

No ano seguinte, a proporção avançou a 117,4 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2022, a razão de mortalidade materna caiu, estimada em 57,7 a cada 100 mil nascidos vivos. Trata-se de um patamar similar ao de 2019 (57,9), no pré-pandemia.

Fonte(s): Jcnet

Comentários

Últimas notícias

09 Mai
Nacional
Papa Francisco envia 100 mil euros para ajudar Rio Grande do Sul

Segundo o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spaengler, o montante será usado 'para ajudar no que for possível'

09 Mai
Nacional
Anvisa suspende lotes de detergente Ypê por risco de contaminação

Agência informou que foi identificado desvio durante monitoramento da produção; segundo a fabricante

09 Mai
Nacional
Caminhão dos Correios com doações para o RS tomba

O motorista sofreu ferimentos leves, mas está bem; equipes trabalharam durante a noite para recolher as doações, que já seguiram para o Sul