Barra Bonita - Após investigações realizadas pelas equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú, um homem de 54 anos, que foi preso em flagrante em outubro do ano passado, em Barra Bonita

Segundo a Polícia Civil, os trabalhos de apuração indicavam que J.L.A. (apenas as iniciais foram divulgadas) e outros indivíduos a ele associados estariam vendendo insumos agrícolas, tipo defensivos, falsificados pelo grupo.

"O investigado anteriormente chegou a ser preso em flagrante na data de 5 de outubro de 2023 pelas mesmas práticas, as quais, conforme demonstraram as investigações, voltou a realizar", diz a corporação em nota.

A DIG identificou duas residência e um comércio, todos em Barra Bonita, onde os produtos falsificados eram adulterados, manipulados e comercializados. Nesta terça, equipes cumpriram mandados de busca nos endereços.

Na casa do suspeito, foram apreendidos diversos galões de defensivos cheios, além de embalagens vazias, indicando que seriam utilizadas para a falsificação de pesticidas e demais defensivos agrícolas.

Em outro imóvel, os policiais localizaram diversas embalagens vazias de produtos utilizados como herbicidas, como pesticidas e inseticidas, além de rótulos falsificados e até quadro para produção desses rótulos falsos.

"Considerando o perigo em razão da toxicidade, apenas alguns produtos, verdadeiras amostras, foram trazidos para a sede da DIG, sendo o restante encaminhado à Vigilância Sanitária de Barra Bonita para o devido armazenamento", informa a Polícia Civil.

O investigado foi conduzido até a DIG e preso em flagrante pelos crimes dos artigos 56 e 57, ambos da Lei nº 14785/2023 (Lei dos Agrotóxicos), em concurso também com o crime do artigo 56, da lei 9.605/98 (Lei do Meio Ambiente). A Polícia Civil representou à Justiça pela prisão preventiva dele.

Reincidente

No ano passado, conforme divulgado pelo JC, a DIG de Jaú, com o apoio de equipes da Delegacia de Barra Bonita, fechou um laboratório clandestino de agrotóxicos que funcionava na residência do suspeito. Ele foi preso e telefones celulares e um notebook foram apreendidos.

Além de cerca de 200 galões das mais variadas marcas de agrotóxicos, na ocasião, foram localizados diversos galões vazios para a indevida reutilização, etiquetas falsificadas, lacres, tampas novas, balanças, e uma espécie de misturador das substâncias.

Segundo a Polícia Civil, o homem confirmou na época que realizava a indevida mistura e falsificação dos produtos. A nora dele, de 29 anos, seria a responsável pela comercialização dos itens por meio de uma página no Facebook.