Agora

José Wilson

16:00 - 18:00

Notícia

Chefe da inteligência militar de Israel renuncia

General Aharon Haliva assumiu sua responsabilidade no ataque do Hamas contra o sul do país no dia 7 de outubro
Chefe da inteligência militar de Israel renuncia

Reprodução

General Aharon Haliva é o primeiro político ou militar de alto escalão de Israel a renunciar desde o atentado
General Aharon Haliva é o primeiro político ou militar de alto escalão de Israel a renunciar desde o atentado
 

O chefe da inteligência militar de Israel, o general Aharon Haliva, demitiu-se nesta segunda-feira (22) após assumir sua responsabilidade no ataque do Hamas contra o sul do país no dia 7 de outubro, que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza.

Primeiro político ou militar de alto escalão de Israel a renunciar desde o atentado, Haliva deixou o cargo após 38 anos de carreira na corporação por seu papel nas falhas de segurança que permitiram a invasão do grupo terrorista. Ele sairá do posto assim que um substituto for nomeado, segundo o Exército.

Outros agentes, como o chefe da agência de segurança, Shin Bet, também reconheceram sua responsabilidade, mas nenhum mencionou uma possível demissão. Apesar disso, é esperado que muitos deixem o cargo quando a tensão regional diminuir, segundo o jornal Times of Israel.

 

O conflito, aliás, foi a justificativa para Haliva não renunciar quando assumiu os erros de segurança pela primeira vez, dez dias após o ataque. "A Direção de Inteligência Militar, sob meu comando, falhou em avisar sobre o ataque terrorista do Hamas", afirmou ele no dia 17 de outubro do ano passado. "Falhamos na nossa missão mais importante, e como chefe da Diretoria de Inteligência Militar, assumo total responsabilidade pelo erro."

Agora, seis meses após o atentado, o general apresenta sua renúncia no momento em que uma comissão de inquérito investiga por que o Exército não conseguiu se defender do Hamas.

"A Direção de Inteligência sob o meu comando não cumpriu a sua tarefa. Carrego aquele dia comigo desde então, todos os dias, todas as noites. Suportarei para sempre a terrível dor da guerra", disse ele na carta endereçada ao chefe do Estado-Maior do Exército, o tenente-general Herzi Halevi.

 

O ataque de 7 de outubro, o mais grave contra Israel desde a criação do país, em 1948, causou cerca de 1.200 mortos, segundo Tel Aviv, a maioria formada por civis. Em retaliação, o Estado judeu prometeu "aniquilar" o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, e lançou uma ofensiva militar que até agora deixou 34.151 mortos, principalmente mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

Depois de mais de seis meses de bombardeios e combates em Gaza, cuja população sofre uma grave crise humanitária, Halevi, aprovou, no último domingo (21) "as próximas etapas da guerra", anunciou o porta-voz do exército, Daniel Hagari.

Fonte(s): Jcnet

Comentários

Últimas notícias

09 Mai
Exterior
Papa Francisco envia 100 mil euros para ajudar Rio Grande do Sul

Segundo o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spaengler, o montante será usado 'para ajudar no que for possível'

09 Mai
Exterior
Anvisa suspende lotes de detergente Ypê por risco de contaminação

Agência informou que foi identificado desvio durante monitoramento da produção; segundo a fabricante

09 Mai
Exterior
Caminhão dos Correios com doações para o RS tomba

O motorista sofreu ferimentos leves, mas está bem; equipes trabalharam durante a noite para recolher as doações, que já seguiram para o Sul

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar o acesso, você concorda com nossa Política de Privacidade. Para mais informações clique aqui.