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Alckmin diz que programa industrial não tem relação com questão fiscal

O vice-presidente também destacou que o governo federal não fará novos aportes no BNDES
Alckmin diz que programa industrial não tem relação com questão fiscal

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A proposta para a indústria foi produzida ao longo do segundo semestre de 2023 pelos membros do conselho, que é liderado por Alckmin
 

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira (24) que o plano anunciado pelo governo para a indústria não tem a ver com a questão fiscal do país.

Em entrevista ao UOL, o vice-presidente também destacou que o governo federal não fará novos aportes no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no âmbito do plano.

Alckmin ainda reiterou que o governo tampouco abrirá mão de impostos para incentivar a renovação do parque industrial brasileiro e fez a avaliação de que o Mercosul está isolado e que é necessário o bloco se concentrar em firmar mais acordos comerciais.

 

A proposta para a indústria foi produzida ao longo do segundo semestre de 2023 pelos membros do conselho, que é liderado por Alckmin. Na segunda-feira (22), o governo anunciou que o plano deve contar com R$ 300 bilhões até 2026 para o setor, sendo a maior parte de financiamentos do BNDES.

Uma parte desse montante, em torno de R$ 8 bilhões, também deve ser usada para a compra de participação acionária em empresas.

A prática já havia sido usada no passado durante os governos petistas, mas acabou abandonada na sequência. Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), o BNDES vendeu as suas ações em algumas grandes empresas, como a Vale.

 

O programa industrial foi criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a interlocutores. O mandatário reclamou que a proposta não continha pontos concretos, dando margem para as críticas de que se tratava de uma reedição de medidas antigas. Também apontou falhas no documento, como problemas nos prazos para cumprimento das metas estabelecidas.

Economistas também criticaram a forte presença do Estado, em um papel central para o desenvolvimento da indústria, segundo o plano. Lula e ministros do governo saíram em defesa de ações, como desoneração de impostos, quando se trata de investimentos e também para o setor exportador.

O plano, por outro lado, foi bem recebido em outros ministérios na Esplanada. Na Fazenda, houve a visão de que a proposta é moderna ao não tratar da importância da indústria para ela própria, e sim com missões ligadas à qualidade de vida da população.

 

Com informações de Renato Machado, Marianna Holanda, Idiana Tomazelli e da Reuters

Fonte(s): Jcnet

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